Será esse blog meu novo vicío?


De tempos em tempos costumo criar novos hábitos. Relembrando alguns: colecionar cartões telefonicos, Cds e revistas de história; decorar capitais e bandeiras; rock' roll; assistir animes e ler mangas; ler Freud; ler Camus; ler Sagan e, ultimamente, colecionar revistas de filosofia.


Contudo, acho que hoje aconteceu uma reviravolta. Fui colocar meu primeiro post no blog e gostei. Postei mais e mais um. Gostei tanto, que agora to postando esse sem motivo. Só por postar. Aff... Será que viciei? E agora o que eu faço? Não tenho dinheiro pra psicológo. Será que vou precisar de um tempo pra desintoxicação? Piorou. Tempo é, por incrível que parece, algo que tenho menos que dinheiro!


Aproveitando esse post sem sentido (e parafraseando Fernando Pessoa: estou escrevendo isto para dizer, que não tenho nada a dizer), sugiro a leitura de um dos livros de Camus. Todos são bons, mas recomendo aqueles que mais me marcaram, na minha ordem cronológica de leitura, são: O Mito de Sísifo, O Estrangeiro e A Morte Feliz. Você não é o mesmo depois que acaba de ler essas obras. Existem outras dele, mas essas foram as que mais me marcaram. Se tiverem oportunidade, leiam. Não irão se arrepender.


Inté
A.

8 comentários:

Anônimo 6 de novembro de 2008 às 17:30  

vícios... coisa atrativa e saborosa...
Sísifo, sempre construindo a desconstrução operada por ele mesmo, com certeza muito aprendeu... se não destruisse mesmo que já o tenha construído, como outra vez poderia construir? viver na sinicidade da monotonia?
ficar a contemplar o sempre que já foi e é e que uma vez mais deve Ser? creio que seu vício (ou o que muitos acham, sua condenação), é ir sempre mais mais a partir do princípio, o eterno retorno do mesmo, além do bem e do mal... coisas de filósofos...

Anônimo 6 de novembro de 2008 às 17:37  

Opa!

Gostei dessa colocação. Nunca pensei sobre o vício dessa forma. Aliás, nunca parei pra pensar sobre o vício. É interessante pensar o vício como um cíclo, um eterno retorno.

Preciso refletir mais sobre isso. Quando meus vícios permitirem, é claro!

am.

Unknown 20 de novembro de 2008 às 15:03  

se e pra viaja seria entao Vicio caminho sem saida ou seja qe sempre retorna a ele?
haha ja to entrando na de vcs viu..kkkkk...aff sai daqui e faze o texto pq ja to viajando demais

Anônimo 20 de novembro de 2008 às 15:08  

Oi Pollyanna!

Essa pode ser uma boa definição para vicío: eterno retorno. você pensa diferente?

Anônimo 23 de novembro de 2008 às 23:21  

É bem interessante a trilogia de Matrix enquanto filme, mas vem também complementar o filme os animatrix e o próprio livro de IRWIN ou organizado por ele. Ao meu entender há outras coisas em Matrix que remete à teoria platônica. Além do dualismo psico-físico percebemos a presença do Demiurgo de Platão que é um Deus que não cria a partir do nada ou ex nihilo mas sim transformando a matéria já existente em outra coisa. É o arquiteto, que só aparecerá enquanto personagem no desfecho do Matrix reloaded. Com sua linguagem nada senso comum ele vai explicar a Neo que ele é uma anomalia do sistema, que Matrix já fora reconstruída seis vezes assim como Zion destruída seis vezes. Neo se pertuba por encontrar a alienação onde ele não pensava poder existir, em sua prórpia mente já liberta da Matrix no entanto num cìrculo de dependência para com o mundo onírico de Matrix. Mas para um esclarecimento geral é bom partir do primeiro filme e seus desmenbramentos na sequência que é o reloaded e o revolution. O Matrix 1 é a introdução como não poderia deixar de ser. Sua questão principal é realmente a platônica, a do mito da caverna. Apenas um mestre, Morpheus pode retirar Neo da caverna pois ele já se despertou para as formas da realidade. Mas enquanto a realidade em Platão é o mundo das idéias em Matrix esse pode ser alienante ao mesmo tempo que pode ser rechaçado. Por que é alienante? Porque o mundo das idéias por si só, a Matrix, prende o sujeito numa estrutura a medida que é a própria chave para dominar o mundo das máquinas.´Pense n o Matrix revolution. No mundo real ou físico Neo não tem nenhuma chance contra a máquina ela é muito mais poderosa que ele no entanto, através da Matrix ou mundo das idéias Neo pode acabar com a guerra ao se aliar com o mainframe da máquina para destruir o Smith. Aquilo que aprisiona é ao mesmo tempo aquilo que liberta, ou seja, mesmo que Neo se desperte ou se liberte da Matrix, como ter certeza de que essa não é a Matrix de uma outra Matrix e assim ad infinitum? Como saber se a realidade circundante que outrora lhe enganará não é também um sonho e que ele sonha acordar de um sonho que por sua vez é um sonho de acordar do sonho do sonho e assim ad infinitum? Pergunta endereçada para os blogueiros de plantão.

Anônimo 24 de novembro de 2008 às 04:31  

ao Anônimo


Na verdade caro amigo(a), se levarmos em conta a consonância entre o pensamento de Platão e o filme Matrix, perceberemos que toda a realidade de Matrix é uma realidade que baseia-se na percepção, captada pelos sentidos e interpretada pelo cérebro com real. Questiona-se o fato de a nossa realidade se basear nesse principio de percepção e interpretação do que nos circunda. Para Platão, toda idéia que temos é uma imperfeição, pois a idéia perfeita seria aquela pertencente ao mundo das idéias. Na verdade, enquanto precipitarmos nessa interpretação do que é real, nunca poderemos saber se Neo esta verdadeiramente livre ou se novamente se percebe a partir do principio dos sentidos. Eu diria que, se pensássemos na ótica de Descartes e não de Platão acerca disso, poderíamos chegar a conclusão de que somente o fato de pensar, nos garante a certeza de sermos. Agora, sermos onde estamos, como somos, nas cores que vemos; quanto a isso não há certeza. As maquinas dominam os homens pela mente, os fazem crer que a realidade é o que está exterior ao pensar, ou seja, ninguém questiona a veracidade da realidade pelo simples fato de se ver, se sentir, falar. Meras interpretações cerebrais das captações dos sentidos. Se excluirmos a Teologia de Matrix, ou seja, a pessoa de Neo como messias, não compreenderemos a figura do mesmo no último filme da trilogia, onde percebe-se claramente a dimensão messiânica ao analisarmos o trajeto de Neo à cidade das maquinas, outros fatos durante a serie apontam para isso, tais como: ressurreição dos mostos, milagres, sacrifício de si. Devemos, se quisermos compreender o filme, analisá-lo não somente na perspectiva da filosofia de Platão, influencia majoritária, mas também numa dimensão teológica. Agora quanto ao fato de o arquiteto dizer à Neo que Zion já havia sido destruída varias vezes e que essa era a sexta versão de matrix... espere aí ... se zion já foi destruída seis vezes, então a mesma não se encontra na realidade de fato. A única realidade que se repete no filme, é a realidade de Matrix. Ou isso remete a teoria dos universos paralelos, que acredito pouco, ou isso nos leva a pensar que a realidade última ainda não é a apresentada .

Não sei se respondi alguma coisa, mas enfim, é isso aí

jn

Anônimo 25 de novembro de 2008 às 17:39  

Olá Neto. Esse Anônimo que vos fala é seu colega. Respondeu sim. Mas ainda fico na dúvida de uma possível dualidade de perspectivas quento a Matrix e o fato que mais me faz a pensar se Neo na realidade está na Matrix quando pensa estar na realidade e aquela história de sonhar que está acordado dentro do sonho e que sonha acordar no sonho que sonha o outro sonho, é o fato de que no final da versão um ou do Matrix um ele tem domínio sobre as máquinas até mesmo no mundo real. Duas explicações são possíveis. Ou ele conseguiu estabelecer um erro no sistema quando estava dentro da matrix ou ele ainda está na matrix e acordou dentro do sonho. Vejamos que ele consegue o feito de liquidar com as sentinelas-polvo através unicamente da força do pensamento, isso pode atestar sua força messiânica mas na continuidade dos outros capítulos, no revolution principalmente ele se apresenta não mais como um super-homem mas novamente alienado num mundo, numa reconfiguração feita pelo relojoeiro onde ele não consegue ter superpoderes. É quando ele está num mundo entre o mundo dele e o das máquinas. Assim essa questão do universo paralelo é evidente pois há no mundo a matrix ou mundo das máquinas, o mundo real e o mundo entre o mundo real e o mundo das máquinas que é o mundo do relojoeiro onde fica a cargo do Merovíngio a passagem entre este e outros mundos. Neo é liberto para lutar contra Simith pois é resgatado, sozinho ele não conseguiria e assim vemos mais uma vez aquele Neo fraco e humano e não um sobre-humano. Sua força é limitada ao mundo da matrix mesmo que na primeira versão do filme ele consiga destruir sentinelas no mundo real apenas com a força do pensamento . Talvez haja aí um erro de contiguidade ou Neo estaria em seu ápice no primeiro filme. Mas não é isso: ele apenas não conhecia outros mundos. Não conhecia o inferno imanente que é o mundo do relojoeiro e não estava ainda sob a condiçã o novamente de necessitar de ajuda para ser resgatado. Mas o que quero salientar no que disse acima acerca de uma dualidade de perspectivas é que no mundo real tem-se uma visão realista, ninguém, salvo da matrix ou dos campos se vê como preso mas como liberto. Essa visão é dogmática pois não colocam a questão de se estão livres ou não. Já quando estão na Matrix a perspectiva é idealista. Sabem que aquele mundo é funçao de sua cognoscibilidade. Ricardo.

Anônimo 25 de novembro de 2008 às 17:39  

Olá Neto. Esse Anônimo que vos fala é seu colega. Respondeu sim. Mas ainda fico na dúvida de uma possível dualidade de perspectivas quento a Matrix e o fato que mais me faz a pensar se Neo na realidade está na Matrix quando pensa estar na realidade e aquela história de sonhar que está acordado dentro do sonho e que sonha acordar no sonho que sonha o outro sonho, é o fato de que no final da versão um ou do Matrix um ele tem domínio sobre as máquinas até mesmo no mundo real. Duas explicações são possíveis. Ou ele conseguiu estabelecer um erro no sistema quando estava dentro da matrix ou ele ainda está na matrix e acordou dentro do sonho. Vejamos que ele consegue o feito de liquidar com as sentinelas-polvo através unicamente da força do pensamento, isso pode atestar sua força messiânica mas na continuidade dos outros capítulos, no revolution principalmente ele se apresenta não mais como um super-homem mas novamente alienado num mundo, numa reconfiguração feita pelo relojoeiro onde ele não consegue ter superpoderes. É quando ele está num mundo entre o mundo dele e o das máquinas. Assim essa questão do universo paralelo é evidente pois há no mundo a matrix ou mundo das máquinas, o mundo real e o mundo entre o mundo real e o mundo das máquinas que é o mundo do relojoeiro onde fica a cargo do Merovíngio a passagem entre este e outros mundos. Neo é liberto para lutar contra Simith pois é resgatado, sozinho ele não conseguiria e assim vemos mais uma vez aquele Neo fraco e humano e não um sobre-humano. Sua força é limitada ao mundo da matrix mesmo que na primeira versão do filme ele consiga destruir sentinelas no mundo real apenas com a força do pensamento . Talvez haja aí um erro de contiguidade ou Neo estaria em seu ápice no primeiro filme. Mas não é isso: ele apenas não conhecia outros mundos. Não conhecia o inferno imanente que é o mundo do relojoeiro e não estava ainda sob a condiçã o novamente de necessitar de ajuda para ser resgatado. Mas o que quero salientar no que disse acima acerca de uma dualidade de perspectivas é que no mundo real tem-se uma visão realista, ninguém, salvo da matrix ou dos campos se vê como preso mas como liberto. Essa visão é dogmática pois não colocam a questão de se estão livres ou não. Já quando estão na Matrix a perspectiva é idealista. Sabem que aquele mundo é funçao de sua cognoscibilidade. Ricardo.