Mas ao menos fica a amargura do que nunca serei


Por falar em Pessoa, vai um trechinho de Tabacaria, considerado o maior poema de lingua portuguesa. Esse trecho eu li e reli várias vezes no terceiro ano do ensino médio. Talvez por isso eu seja um pouco pessimísta e niilista. Tá bom, muito pessimísta, reconheço.


Para ver o poema na íntegra é só cliar no título do post.


am.


Falhei em tudo.Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. [..]


Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.


Fernando Pessoa

0 comentários: