SITPASS

Nunca consegui entender como as empresas de ônibus coletivo em Goiânia conseguiram implantar esse modelo de embarque e desembarque chamado sitpass, no sistema de transporte coletivo da capital. Como conseguiram colocar milhares de cobradores na “rua”, debaixo do nariz dos nossos governantes e, pior, debaixo do nariz de toda a sociedade e ninguém fez, absolutamente, nada para impedir. Governo estadual e municipal, ministério público, sindicatos, sociedade civil, você, eu; ninguém fez nada.

Concordo que as mudanças, trazidas pela tecnologia, melhoraram e melhoram nossa qualidade de vida. Mas, infelizmente, não é o caso desse sistema. Ou alguém enxerga alguma melhoria em ficar espremido no pequeno espaço da cabine do motorista, esperando chegar ao terminal e pagar pelo absurdo de dois reais, por uma viagem que não se compara a transporte de animais como porcos ou vacas. Talvez, só se comparando ao transporte de escravos, no período colonial e dos tempos de império. Hoje, mesmo, fui testemunha de um caso em que um passageiro passou de seu ponto destino e teve que ir até o terminal, por não possuir o cartão de embarque.

Mas a grande ironia desse sistema, é que a tradução do inglês de sitpass é algo como, pagamento por um assento (banco), ou algo próximo disso. Justamente o que tal sistema não propicia.

Os problemas do transporte coletivo em Goiânia não são de hoje. Entra governo, sai governo e nenhuma solução é encontrada. Fica a impressão da falta de interesse, por parte dos governantes, em resolver e que há algo mais por trás desse desinteresse. Quando, esporadicamente, a população ensaia algum tipo de manifestação ou revolta, logo se apressa em tomar atitudes “tapa-buracos”, que remediam, por determinado tempo o problema. Com o intuito de acalmar a população. Mas nunca se tenta resolver de uma vez por todas esse serviço que, juntamente com o transito, sem dúvida, é o calcanhar de Aquiles da cidade.
am.

Carnaval? Onde você foi?

Olá pessoal. Estive pensando nesses dias o quanto nossa sociedade vive numa inercia. Incrível!
Carnaval! Alguém consegue ver grande sentido nessa festa a não ser um pretexto para fazer festa. Mas no Brasil não é necessário pretexto para festejar. Longe de mim, reclamar da festança. De forma alguma desfiguraria a resplandecente alegria brasileira, além do mais, em que outros momento os gringos poderiam ser um voyur sem ser imoral. Lindas mulher exibindos-se de maneira hipinotica. Tudo bem, eu não seria louco de questionar, mas daí a viver e se portar de maneira completamente ideologizada. Isso nunca. Quando me perguntaram se eu iria viajar no Carnaval, eu disse que achava que não. Houve quase que um coro: você não vai viajar... como se isso fosse destino de todo ser humano nessa data.... e preferi passar o carnaval no campo, pescando e comendo muito... Como o Am. disse .... cada um usa o feriado da maneira que quiser e pronto...

espero que todos tenham aproveitado, seja na festança ou seja no descanso.

jn

Se você não ler esse post, não fará a menor diferença (na sua vida).

Por falar em americanos, essa semana li ou ouvi em algum lugar uma frase bem engraçada. Disseram que é meio preconceituosa, mas não achei. Eis:

Errar é humano, persistir no erro é americano e acertar no alvo é mulçumano.

Quem não gosta de feriado, bom sujeito não é.

Quem convive com algum estrangeiro, especialmente se ele for de um país de primeiro mundo, sabe o quão chato é ter que aturar as ironias em relação aos nossos feriados. Para esse pessoal, a culpa da nossa economia não estar suficientemente desenvolvida para fazer parte do primeiro mundo é a nossa cultura atrasada. Leia-se, com isso, que o brasileiro é preguiçoso e inventa inúmeros feriados para não trabalhar.

Os americanos são aqueles que mais gostam de nos atormentar. Já não faço idéia de quantas vezes ouvi que nos EUA há apenas dois feriados no ano, ação de graças e independência – nessas horas sempre respondo: como deve ser triste morar em um lugar assim!

Sinceramente não acredito que os feriados (e feriadões) prejudiquem a economia. Se o estrago fosse tão relevante assim, duvido que o governo, ou mesmo a iniciativa privada, já não teriam dado um jeito de acabar com isso. Quando se trata de dinheiro, a última coisa em que se pensa é em respeitar a cultura.

Os feriados são importantes. Eles existem para que as pessoas relembrem acontecimentos cívicos ou religiosos do passado e, assim, mantêm viva a história de sua nação e, conseqüentemente, a cultura. O que cada um faz com esses dias livres, é problema de cada um.

No entanto, sou obrigado a concordar que não há razão de existência para alguns feriados. Qual o valor, por exemplo, do feriado de carnaval? Mas, enfim, quem sou eu para me manifestar sobre a cultura, tradição e os costumes de um povo?

Acho que está aí uma diferença fundamental, entre nós e os americanos: nós sabemos nosso lugar. Não temos a prepotência de achar que o único modelo de sociedade boa, é a nossa. Menos, ainda, de querer impor esse modelo a outras nações; sabemos que cada povo tem sua identidade e não pode, a preço nenhum, colocar isso em xeque. O avanço tem que vir, mas a obedecendo a certos limites. Alias, o ideal seria que ele nascesse da realidade específica de cada cultura.
am.

Êta vida besta, meu Deus!

Acredito que nós últimos dois meses, janeiro e fevereiro, não houve um único dia em que eu não dissesse a mim mesmo: você precisa postar algo no blog!

Muita coisa interessante (eu acho) passou pela minha cabeça. Cheguei, até, a montar um texto inteiro, durante uma dessas “confortáveis” viagens de ônibus por Goiânia; fiquei ruminando o texto o dia inteiro para não esquecer, quando finalmente chegou a noite, o idiota aqui, se deixou vencer pelo cansaço, adiou a tarefa para o dia seguinte e adivinhe? Esqueceu.

Quando coisas estúpidas desse tipo me acontecem, fico, realmente, pra baixo.

Há dias em que fico somente a observar meus defeitos. Como posso ser tão desorganizado? Como posso nunca cumprir as metas que eu mesmo estabeleço? Como posso deixar sempre tudo pra depois? Como deixo-me levar tão fácil pela curiosidade e pelo impulso? Como pude ter falado aquilo? Por que não fiz isso? Por que não estudei para prova? Por que deixei o trabalho pra última hora? Por que fui assistir um anime e não um documentário? Por que, por que e por quê?
Acho que a resposta não está na minha herança genética. Minha mãe é a pessoa mais organizada que eu conheço e não há indivíduo mais sistemático que meu pai. É, eu sei. O problema sou eu. Não adianta procurar outro culpado. O que preciso é ter disciplina. Bingo! Achei o caminho do tesouro! Nada disso. Sei e sempre soube que o problema é esse e, desde que me entendo por gente, venho tentando superar isso. Tentativas sempre inúteis, como eu.
am.

ELE É O CARA!


Acho que já posso começar a dizer: O cara é meu amigo!