“Filosofar é aprender a morrer”


Mas o que seria a vida sem o seu final? O que aconteceria se, de uma hora para outra, os homens parassem de morrer? O que pode significar não morrer? É a meditação sobre tais questões que constitui a substância do romance do prêmio Nobel de Literatura em 1998, o português José Saramago, intitulado Intermitências da Morte (Companhia das Letras, 2005).

“No dia seguinte ninguém morreu”. O cenário que o leitor depara já à primeira linha é inusitado, pois “contrário às normas da vida”: de repente, num país qualquer, simplesmente não se morre mais. O curioso é que o ocorrido, que à primeira vista poderia prenunciar um tempo feliz, ou antes, uma eternidade felizdaquelas pessoas que não mais morreriam, provoca as maiores tribulações e desarranjos; a ponto de muitos desejarem que se volte a morrer naquela terra. Com perdão do arranjo de palavras, a ausência da morte torna a vida funesta.


Leia o texto na íntegra clicando no título

Amizade para Schopenhauer.


Se você estivesse andando em uma livraria e, por acaso, passasse o olho num livro cujo título fosse Aforismos para a Sabedoria de Vida, o que faria? Acho que, naturalmente, vasculharia os livros próximos à procura de alguma obra do Paulo Coelho, Augusto Cury ou Anselmo Grun. Mas só encontrando obras filósoficas, se daria conta que não está na sessão de auto-ajuda e ao olhar novamente para o tal livro descobriria que ele, na verdade, é de Arthur Schopenhauer.

Bem, se você conhece esse autor, simplesmente não iria acreditar que ele tenha escrito algo com esse título. Então resolve conferir se não é algum tipo de brincadeira. Abre o livro e tem aquela sensação de alívio, ao se deparar com passagens como essa:

“Os amigos de casa são chamados assim com precisão, pois são amigos mais da casa do que do dono. Portanto, assemelham-se antes aos gatos do que aos cães.
Os amigos se dizem sinceros; os inimigos o são. Dessa forma, deveríamos usar a censura destes para nosso autoconhecimento, como se fosse um remédio amargo. Os amigos são raros na necessidade? Não, pelo contrário! Mal fazemos amizade com alguém, e logo ele estará em dificuldade, pedindo dinheiro emprestado”.

(em off)
– Se ele era solitário? Claro que não! Ele tinha um poodle que lhe fazia companhia.
am.

É possível seguir uma religião e ser livre?


Normalmente aqueles que seguem as religiões cristãs ocidentais (católica ou protestante) têm Deus como Senhor e, afirmam que, Este lhes dá o livre-arbítrio. Mas é possível ser livre e ter um senhor? Para Albert Camus, filósofo francês, não; isso seria a mais absurda das contradições.

O problema da "liberdade em si" não tem sentido. Porque ele, de uma maneira inteiramente diversa, também está ligado ao de Deus. Saber se o homem é livre exige que se saiba se ele pode ter um senhor.

E o problema é bem mais grave porque, diante de Deus, há menos um problema da liberdade que um problema do mal. Conhecemos a alternativa: ou nós não somos livres, e Deus todo-poderoso é responsável pelo mal, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é todo-poderoso.

Já pensou sobre isso?

am.

O que será


Gostaria de saber, caros alunos (e aos que nos acompanham), do que fala essa música de Chico Buarque? O que será?

Dê sua resposta nos comentários e justifique sua afirmação (sem o auxílio do google galera).

Amanhã eu comento sobre a música na sala de aula.
Vocês podem ouvir a música nos players abaixo, podendo escolher entre a interpretação do Caetano Veloso e do Chico Buarque.

Caetano - O que será



Chico Buarque & Milton nascimento - O Que Será


O que Será

Chico Buarque


O que será, que será?

Que andam suspirando pelas alcovas

Que andam sussurrando em versos e trovas

Que andam combinando no breu das tocas

Que anda nas cabeças anda nas bocas

Que andam acendendo velas nos becos

Que estão falando alto pelos botecos

E gritam nos mercados que com certeza

Está na natureza

Será, que será?

O que não tem certeza nem nunca terá

O que não tem conserto nem nunca terá

O que não tem tamanho...


O que será, que será?

Que vive nas idéias desses amantes

Que cantam os poetas mais delirantes

Que juram os profetas embriagados

Que está na romaria dos mutilados

Que está na fantasia dos infelizes

Que está no dia a dia das meretrizes

No plano dos bandidos dos desvalidos

Em todos os sentidos...


Será, que será?

O que não tem decência nem nunca terá

O que não tem censura nem nunca terá

O que não faz sentido...


O que será, que será?

Que todos os avisos não vão evitar

Por que todos os risos vão desafiar

Por que todos os sinos irão repicar

Por que todos os hinos irão consagrar

E todos os meninos vão desembestar

E todos os destinos irão se encontrar

E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá

Olhando aquele inferno vai abençoar

O que não tem governo nem nunca terá

O que não tem vergonha nem nunca terá

O que não tem juízo...(2x)

Lá lá lá lá láÂ…Â…..

Até mais

jn.


Tá moleza (dicas de pesquisa para o texto)


Saudações a todos os filósofos do 2 E.

Segue abaixo alguns links que podem orientá-los na construção do texto:
Uma reflexão sobre amor e sexo em nossos tempos http://www.apsicanalise.com/amoremtempo.html

Teoria freudiana sobre a formação da sexualidade

Amor, sexo e felicidade no pensamento de Schopenhauer


Bom trabalho e boas provas!

am.

A Angústia da Liberdade


SE O PENHOR DESSA IGUALDADE
CONSEGUIMOS CONQUISTAR COM BRAÇO FORTE,
EM TEU SEIO, Ó LIBERDADE,
DESAFIA O NOSSO PEITO A PRÓPRIA MORTE!


A palavra liberdade povoa poemas, hinos, músicas, pinturas e mentes inquetas à procura de uma compreensão de si e sua interação, ou como diria Sartre, seu engajamento. Falando em Sartre, algum tempo atrás, numa aula sobre esse autor, a professora Adriana Delbó propôs uma avaliação cujo fundamento era apontar os equívocos e verdades com ralação a uma afirmação sobre Sartre.

Você deve ter se perguntando: O que essa foto de mel tem a ver com a Liberdade em Sartre? Acalme-se, é simples, vou explicar.


Vamos ver então. O mel é um alimento apetíve e saboroso não é? Agora imagine a seguinte situação: Vos é oferecido um bocado de mel para comer, mas quando você decide parar de comer, sabe qual o presente que ganha? Mais mel! No mínimo essa situação causa naúsea e agústia. A liberdade é comparada ao mel, pode ser apetível às vezes, mas em alguns momentos prefeririamos que outra pessoa decidisse por nós. Mas, não temos esse poder, até mesmo quando decidimos não decidir, acabamos por decidir... na verdade, essa constitui uma tarefa solitária, onde não há desculpas.



Estamos engajados no mundo e fardados à liberdade. Sabe o que gera angústia? É saber que quando decidimos algo para nós, acabamos por oferecer uma possibilidade de ação para toda a humanidade, ou seja, minha ação é uma proposta de ação para todos os homens. Ao engajar-me engajo toda a humanidade, e isso não posso evitar.


Jamais poderei deixar de comer o mel. Ou melhor, jamais poderei deixar de escolher.


Pense nisso.


jn

Ponto de vista, auto-explicativo de mim mesmo como eu


Eu, filho do carbono e do amoníaco,

Monstro de escuridão e rutilância,

Sofro, desde a epigênesis da infância,

A influência má dos signos do zodíaco.

Profundíssimamente hipocondríaco,

Êste ambiente me causa repugnância...

Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia

Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —

Que o sangue podre das carnificinas

Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,

E há-de deixar-me apenas os cabelos,

Na frialdade inorgânica da terra!


Augusto dos Anjos


Um bom domingo!

am.

Filosofia, o que é?

O esforço dos filósofos tende a compreender o que os contemporâneos se contentam em viver.
Nietzsche



Se existe uma questão fechada na filosofia, é que a definição de filosofia não é uma questão fechada. Desde Pitágoras, o inventor do termo filosofia, é que se vem tentando definir essa ciência e, até hoje, não se tem consenso.

De todas as definições de filosofia que vi até o momento, a que mais me chamou atenção foi a de um filósofo contemporâneo, professor de uma Universidade em Jerusalém, chamado Elie Cohen-Gewerc. O que torna a definição de filosofia desse pensador interessante é a circunstância que o leva a pensar em tal conceito. Vejamos:

Um dia, observando minha mãe limpar o chão com grande esforço, uma experiência bastante comum, minha sensibilidade – tal qual uma flor que desabrocha – me leva brutalmente a uma contradição interna insustentável, até a ruptura, ou seja, até o problema. Meu sentimento de filho me levou a uma compaixão profunda pela minha mãe, que me impulsionava a tirar a vassoura das mãos dela e continuar, eu mesmo, aquela tarefa como eu fazia antes quando corria ao seu encontro para aliviá-la do peso das sacolas da feira. Mas a sacola de frutas e verduras não é como a vassoura e o balde!
[...]
Carregar virilmente uma sacola não contradizia minha visão de macho, mas a vassoura exigia rever totalmente meu conceito de ser homem.

Como a professora do estágio dizia na aula de quarta, a filosofia nasce do susto, do impacto e diante da contradição entre aquilo que se vê, que o senso comum diz que é o certo; e aquilo que se sente, como não sendo o correto.

Sabemos que o processo de quebra de paradigmas é lento e gradual, assim
nesse dia meu machismo triunfou, mas a ruptura ficou. O questionamento ficou presente e me obrigou a repensar totalmente meu ser homem, mas além dos atributos masculinhos.

No caso específico desse filósofo a quebra do paradigma só foi possível depois de muita reflexão e leitura, ele começou a dedicar-se a textos filosóficos sobre a dignidade humana.

Li alguns capítulos árduos do livro Ética de Espinosa [...]. Li também Sartre, Camus e o trabalho de Simone de Beauvoir sobre a condição da mulher ao longo das gerações.

Todas essas leituras o levaram a outro problema:
meu problema era então saber se minha visão viril era uma “paixão” escravizante ou um conhecimento, base essencial de minha liberdade individual.

Ou seja, ele estava simplesmente exercendo seu direito à liberdade ao não ajudar sua mãe com a limpeza da casa, ou estava sendo escravo do conceito de homem internalizado em sua pessoa pelo senso comum? Essa é a grande questão: diante das nossas atitudes cotidianas, somos livres ou escravos?

Lembro-me ainda como aquele esforço de essência filosofia ia inundando de luz meu entendimento e como se fez clara a solução do problema: frente ao chamado de minha sensibilidade a questão não era se e quando eu devia parecer um homem-macho, mas sim em que medida eu poderia realizar meu ser humano.

O interessante é notar como o exercício da filosofia (entenda-se aqui, pensar e pesquisar) é libertador. Foi a filosofia que o tirou de sua condição de escravo do senso comum.

Entenda que esse exercício transcendeu o problema específico. A perspectiva filosófica não só me abriu caminhos adjacentes de compreensão, mas também me encheu de estímulo para ousar sair do condicionamento frágil do óbvio e das idéias inculcadas.

Bem, o fato do personagem principal dessa história ser hoje um renomado filósofo, já dá uma pista de como tudo isso chegou ao fim.

Algumas semanas depois do primeiro sinal pude me apoderar da vassoura com bastante serenidade para acalmar minha mãe, que não havia percorrido esse caminho.

E quanto ao conceito de filosofia, ao qual me referi no início, nas palavras do autor fica assim: A filosofia exige um processo no qual um toma distancia com o problema para poder compreendê-lo totalmente e ver sua implicação em nossa vida concebida como um todo. Trata-se de buscar a solução em longo prazo, trata-se de trocar a corda, se necessário.




am.

PS: Click no título e verá uma definição um pouco mais história sobre o que é filosofia.

tá tudo muito bem, tá tudo muito bom


Peço licença aos nossos alunos para falar com meus colegas de filosofia, que também acompanham o blog (embora a preguiça não os deixe comentar). Quero cumprimentar o Rafa que promoveu uma “galinhada filosófica” nesta sexta. Foi muito legal. De truco à vodka, de Zeca Pagodinho à Kant, rolou de tudo um pouco! A galera compareceu em peso. Temos que fazer isso mais vezes.



OBS: Alguns tiraram algumas fotos, mas acho que a faixa etária do público à qual esse blog é destinado, não permite que sejam postadas aqui (entendeu, JN?).

Já abusando da boa vontade de vocês, desejo toda a felicidade do mundo para meu tio Renato que fez aniversário também na sexta e ainda não consegui falar com ele. Tio: PARABÉNS!



Ah, desculpem a demora em postar. Essa semana foi fogo. Estava fechando meu texto de TCC e não consegui fazer mais nada.

inté
am.

E por falar em literatura, voltemos à Filosofia.


Numa aula dessa semana, descobri que os filósofos analíticos não consideram como filosofia, a filosofia continental. Ou seja, toda a filosofia grega, alemã, francesa... toda a filosofia feita no continente europeu, não é filosofia e sim,"mera literatura".

Não sei como ainda não acusaram esses outros países de formarem o eixo da "filosofia do mal".
Se não soubesse que os ingleses e estadounidenses consideram tudo que é feito fora de seu território como algo ilegítimo e sem valor, até que poderia dar ouvidos a isso.

Álvares de Azevedo: Quase gótico

Este post é para confirmar a constatação do Átilio sobre o fato desse blog estar postando mais sobre literatura do que propriamente filosofia... mas afinal de contas... ninguem reclamou.
Álvares de Azevedo foi um dos poetas que mais gostei de ler na minha adolescência. Talvez seja pelo fato do teor melancólico de seus escritos casar tão bem com minhas crises juvenis.

Um dos traços marcantes de sua literatura era a temática da morte e o desejo pelo amor. Álvares fala com muita frequência de virgens puras, inalcançáveis, que causam frustração e dor (mas, na idade em que elas foram escritas, antes dos 20 anos, o que poderia passar pela cabeça dele). O sarcasmo esta bastante presente, até mesmo quando se refere a morte. Ele acreditava que a vida era um paradoxo, sentia-se impotente diante do mundo e somente a morte o libertaria dessa prisão.

Morreu aos 20 anos, vitimado por uma tuberculose e um tumor em decorrência de muitas quedas de cavalos (sua família criava cavalos... e não eram pangarés)

Uma das obras mais interessantes dele é Lira dos Vinte anos... muito bom.
De todos os escritos dele, o que mais gosto é este:
Soneto
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
(Álvares de Azevedo)
Até mais.

jn

Ultimamenente esse blog tá mais pra literatura do que filosofia




No post sobre Matrix e Platão me passou despercebido a citação de um verso do poeta Robert Frost. Bem, isso me fez lembrar um livro que li há muito tempo atrás: Outsider, vidas sem rumo de Susan Hinton.

Sabe aqueles livros que te hipnotizam e que você não consegue largar enquanto não termina? Esse é um deles. A obra conta a saga de Pony boy, um garoto que vive no subúrbio de uma grande cidade estadounidense, na década de 60. Nessa época as gangues eram moda e quase todos pertenciam a uma delas. Pony é um pré-adolescente órfão de pai e mãe e que vive com os dois irmãos mais velhos. O tema do desenvolvimento da sexualidade está subentendido em toda a obra. O irmão do meio faz, mais ou menos, o papel da figura feminina. Está sempre sorrindo, nunca tem desentendimentos com o irmão caçula e é o grande exemplo que Pony quer seguir. Porém, esse irmão, não é, digamos, um "grande exemplo" para se seguir. Ele está sempre envolvido em brigas de gangues, não trabalha e é, extremamente, irresponsável. O irmão mais velho é o extremo oposto: maduro, responsável, trabalhador, sustenta a casa e responde juridicamente pelos dois irmãos mais novos. Contudo, é bastante ranzinza e autoritário. Fazendo assim a figura masculina na formação da sexualidade do garoto

Evidentemente, Pony, entra em conflito várias vezes com o irmão mais velho e se aproxima do irmão do meio se metendo, assim, só em enrascadas. Durante uma briga de gangues é acusado de matar um garoto e é jurado de morte pelos membros de uma gangue rival, além disso, é procurado pela polícia. Junto com um amigo, foge para um lugar distante e lá travam um diálogo sobre suas vidas e suas realidades. E é, em uma dessas conversas, que Pony cita um poema de Frost. Ele diz que ainda não consegue entender o significado, mas sente que aquilo resume sua existência. O trecho é o seguinte:

“O primeiro verde da natureza é o dourado,
para ela o tom mais difícil de fixar.
Sua primeira folha é uma flor,
mas só durante uma hora e então folha se rende a folha.
Assim o Paraíso afundou na dor,
assim a aurora se transforma em dia.
Nada que é dourado fica.”


Muita coisa acontece e Pony só vai entender o significado dessa poesia já quase no final da obra. É interessantíssima a analogia com sua existência e o insight que ele tem, no que diz respeito à relação dele com os dois irmãos, especialmente com o irmão mais velho. Nesse momento, o “ grande exemplo” de Pony muda de figura.

O livro é excelente e recebeu diversos prêmios. Um fato curioso é que a autora o escreveu quando tinha apenas 17 anos de idade. A história foi transformada em filme por Hollywood, mas nunca encontrei na internet, nem nas locadoras. Também não sei se o título foi conservado no filme. Se alguém souber onde posso encontrá-lo, por favor, me diga.

am.


Mas ao menos fica a amargura do que nunca serei


Por falar em Pessoa, vai um trechinho de Tabacaria, considerado o maior poema de lingua portuguesa. Esse trecho eu li e reli várias vezes no terceiro ano do ensino médio. Talvez por isso eu seja um pouco pessimísta e niilista. Tá bom, muito pessimísta, reconheço.


Para ver o poema na íntegra é só cliar no título do post.


am.


Falhei em tudo.Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. [..]


Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.


Fernando Pessoa

Toda a paz da natureza sem gente vem sentar-se a meu lado


A primeira vez que tive contato com uma obra literária que realmente me fez refletir sobre a vida, as coisas e seus sentidos, foi com a poesia O Guardador de Rebanhos de Fernando Pessoa. Isso ocorreu no segundo ano do ensino médio. Lembro-me, também, da decepção que tive quando fui conversar com minha professora de lingua portuguesa sobre a obra. Ela, uma católica fervorosa, desmereceu a obra e me aconselhou a ler coisas mais "edificantes". Até hoje não entendi bem o que ela considera leitura edificante. Se Fernando Pessoa não contribui para a reflexão interior, quem contribui? Paulo Coelho, Augusto Cury?


Frustrações do passado à parte, vai aí a primeira página da poesia. Encontrei a primeira página original na internet e estou postando. Uma verdadeira relíquia, que emociona a todos que leêm esse grande poeta.


Para ver o documento original na íntegra é só clicar no título do post.

am.

Poesia no 020 Universitário...

Esse blog possui um decreto. Aqui não prendemos pensamentos, não os mandamos voltar aos subúrbios... os acolhemos, aparamos suas arestas, debitamos um pouco de crédito, e os apresentamos ao mundo. Enfim, eu estava indo para a universidade, em um dos poucos dias frescos desse ano, ouvindo U2 e de repente me veio algo à mente... transcrevi.

Lampejo

Caminhei febril por dunas caudalosas;
Fitei pensamentos errantes;
Excitei-me ao ver sol da liberdade;
Naveguei por mares tempestuosos;
Enfrentei as serpentes das consciências humanas;
Experimentei os gélidos corações desesperançosos dos que nunca gozaram,
Nem o orgasmo dos deuses, nem os suspiros dos homens que amam com desejo
E desejam com volúpia.
Pude enfim entregar-me, enamorar-me com aquela que esperou desejosa minha face em seu peito reclinar,
Oh morte, dela sentir o último beijo, dela experimentar o primeiro beijo...


até

Jn

A crise já chegou...


olá Galera!
Inicialmente peço desculpas por não estar postando quase nada. Alivia-me o foto de o Atílio estar cumprindo esse dever heroicamente. Em alto estilo ( o Arnaldo Jobor que se cuide).
O furacão chamado resseção americana que devasta mercados financeiros, soprou uma brisa de má sorte no meu lar. Estou com a Internet cortada... a vida não tem mais sentido... dramas a parte, o problema será resolvido logo.
agradeço a compreensão.
até
Jn


SCHOPENHAUER IN LOVE


Estava outro dia pesquisando sobre Schopenhauer e descobri dois fatos interessantes da sua biografia. O primeiro é sobre sua relação com a mãe, a Dona Johanna H. Trosiener. Não se preocupe se você não consegue pronunciar, quase ninguém consegue, inclusive eu. Bem, a D. Johanna (fica mais fácil sem o sobrenome) era uma senhora muito culta e muito inteligente, amiga de gente importante como Goethe e que não gostava do filho. Isso mesmo. Nem o filho gostava dela. Os dois brigavam constantemente e mesmo quando o pai de Schopenhauer morreu e a sua mãe mudou-se para outra cidade para estabelecer um salão literário, as coisas não melhoraram. O ápice de tudo foi quando o filósofo publicou sua tese de doutorado, Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente. Sua mãe veio a público e desmereceu o trabalho, dizendo que sua tese não passava de um tratado sobre "farmácia". Eu nunca li essa tese, nem deve ter trazida em português e confesso que esse título é esquisito, mas ninguém merece uma mãe assim! Não é?


O outro fato curioso é que, Schopenhauer, já idoso se apaixonou por uma jovem de 17 anos. Até aqui nada demais, isso acontece todo dia. O interessante vem agora. Certo dia, ele chamou a jovem para um passeio a barco em um lago. Para tentar impressionar a moça ele começou a falar da sua filosofia. Conversa vai, conversa vem, ele viu que a jovem já estava entediada. Então, como última cartada ele resolver fazer, digamos, um gesto romântico: ofereceu-lhe um cacho de uvas se virou e a pediu em namoro. Quando olhou novamente viu que a moça já tinha chupado todas as uvas. Imagino que ele deva ter ficado todo esperançoso. Mas ouviu um belo não como resposta. Anos mais tarde após a morte do filósofo, foram pesquisar e descobriram o diário da moça que relatava aquela tarde como um suplício e que havia jogado o cacho de uvas no lago por nojo delas terem passado pelas mãos do velho Schopenhauer. Exatamente com essas palavras.


Ainda bem que ele morreu sem saber dessa história.

am.

É NOIS NA FITA

Os dois textos que postamos aqui sobre as eleições americanas foram publicados de forma condensada no jornal O Popular dessa sexta-feira, 07/11, na coluna Carta dos Leitores.

Não é preciso correr para as bancas, pois, só aqui no blog temos os dois textos na íntegra! óoooo

am.

AVISO AOS NAVEGANTES


Estávamos com problemas com os links de postagens de comentários (só soube disso ontem à noite). Bem, o problema já está resolvido. Se alguém ainda tiver algum problema, é só escrever pro e-mail filosofandonaescola@gmail.com ou tilhio@gmail.com. Não vou deixar o do Neto, pois, ele tem que autorizar primeiro.


É isso.


Inté,

am.

Ainda inspirado pela eleição de Obama


Fiquei me perguntado: o que leva uma nação a escolher um homem como o Bush para seu governante? Será que eles não aprendem com a história? Será que Roosevelt, Nixon e Bush pai não foram suficientes para que eles aprendessem a lição, foi preciso eleger o Bush filho para isso? E será mesmo que aprenderam? Por que será que bons exemplos de presidentes como Kennedy, Jimmy Carter e Clinton não bastam? Como é que uma nação, em sã consciência, elege o Bush ao invés de Al Gore?

Mas não são apenas os EUA que cometem essas mancadas, nenhum país está livre disso. A França, berço dos ideais socialistas, recentemente elegeu um quase neo-nazista para presidente, o Sr. Bruni ou será Sarkozy? Não lembro quem é a esposa de quem lá no palácio do Elíseo. A Espanha tinha, até pouco tempo, o Aznar como primeiro ministro; a Itália acabou de eleger Berlusconi, que conta com a oposição até da própria filha; a Rússia decidiu não por fim a era Putin e elegeu um ventríloquo como presidente, ou será que não? Não dá pra confiar nas eleições por lá, mas que o herdeiro do Putin é o novo presidente, isso é fato; entre outros inúmeros casos na Europa.

Na América Latina não é diferente. Aqui temos Chávez na Venezuela, O casal peronista Kirchner na Argentina, os “presidentes de estimação” dos americanos no México; Fidel em Cuba e Rafael Correa no Equador.

E o Brasil? É, por aqui também já foram eleitos cada peça... Só pra citar os mais recentes, temos: o caçador de marajás, Collor; o dono do Maranhão, Sarney e o Farol de Alexandria, vulgo FHC; e tudo indica que daqui a dois anos teremos mais um nome nessa lista, o do Sr. Burns, aliás, do Serra.

E se fossemos falar dos “lideres” locais do Brasil? Ixi, esse post seria o maior da internet, pode apostar. Mas vou citar alguns que eu lembre de cabeça, sem pesquisa. Começo pela família Sarney, no Maranhão, que se estendeu até o Amapá; tem a família Gomes e Jereissati no Ceará; os Amim, em Santa Catarina, os Garotinhos, no Rio; os Carlistas na Bahia e os Maltas (família não se escolhe), onde se inclui o Collor, em Alagoas. Tem a dona Vilma no Rio Grande do Norte, o Serra e o seu filho mais velho, o Kassab em São Paulo (por lá tem um monte Quércia, Jânio, Maluf...); tem a Yeda no Rio Grande do Sul, Marconi em Goiás, etc. etc. etc.

Ah, cansei. Mas acho que deixei o recado!
Inté
A.

Não. Nem nós.




Não poderíamos ficar de fora da “onda” Obama. Bem que gostaria de ter escrito algo antes dos resultados das eleições estadunidenses, mas não deu tempo (desculpem se tenho uma vida para cuidar!).

Assim como todo o mundo, este blog estava na torcida por uma vitória de Obama. Que, felizmente, aconteceu. Na verdade, este blog estaria na torcida de qualquer outro candidato democrata. Como era o Obama este candidato, torcíamos por ele. Se ele fosse o candidato republicano certamente estaríamos contra sua candidatura. É claro que esse cenário (o de um negro ser candidato pelo partido republicano), é mais que improvável. Acho que não preciso citar as razões para se repudiar qualquer candidatura republicana, é só acompanhar os noticiários para se entender.

É muito bom ver a história acontecendo com os olhos. Obama, um negro de 47 anos, de origem africana e mulçumana, sendo eleito o presidente da nação mais poderosa e uma das mais conservadoras do mundo, que, até bem pouco tempo, obrigavam os negros a entrarem em suas universidades em grupos para que não fossem atacados, que assassinaram o presidente que deu direitos civis aos negros e que consideram todo mulçumano um terrorista.

Mas acho que isso, ainda, poderia ser melhor, se ele estivesse escolhido a Hillary como vice. Imagine o impacto disso para os “puritanos” estadunidenses, a chamada direita religiosa e para o mundo. Seria algo jamais visto, um negro e uma mulher no comando de uma nação do porte dos EUA. Adoraria ser testemunha desse fato histórico. Mas, por ora, está bom assim.

Apesar de ter sido “acusado” de socialista pelo outro candidato durante a campanha, Obama está a anos luz de o ser. O que, em minha opinião, é lamentável. Mas o simples fato dele não dividir o “resto” do mundo entre mocinhos e bandidos, como o atual presidente, o Bush filho, faz, já é um grande avanço. Ao que parece Obama adota o princípio do diálogo, independentemente das crenças dos outros países. Já McCain, não seria um grande avanço nesse sentido, uma vez que para ele, que combateu no Vietnã durante a guerra fria, a Rússia é a grande vilã do mundo.

A eleição do democrata tem todo um caráter simbólico por trás. Depois de pouco mais de quarenta anos das conquistas civis que os negros tiveram por lá, isso à custa de muito sangue derramado, um negro chega à presidencia. O que é fantástico! Isso trás um pouco de esperança no futuro, de que as coisas podem melhorar.

Agora a torcida é outra. Torcemos agora para que Obama não enterre nossa esperança como fez o PT no Brasil; que ele entenda o recado e não nos decepcione. Os votos americanos e a torcida dos não-americanos por ele foram um sinal de que o povo de lá, assim como todo o mundo, quer mudanças. Chega de guerras, chega de poluição, chega de injustiças sociais, chega de especulação...


Inté


A.

COMPLEXO DE ÉDIPO


Como todo bom viciado, estou aqui pra alimentar meu vício. Mas dessa vez tenho uma boa desculpa, quer dizer, motivo. Vim trazer o link sobre o complexo de édipo, como prometido em sala de aula. Nesse mesmo site vocês vão encontrar a análise do filme O Exorcismo de Emily Rose sob o ponto de vista da psicanálise. Se alguém tiver alguma dúvida ou sugestão pode deixar aí nos comentários, ou se preferir pode mandar direto pro meu e-mail (tilhio@gmail.com).


Para acessar o site é só clicar no título do post que ele vai te direcionar pra ele.


Ah, o que vocês acharam da nossa aula? Gostaram do tema? Comentem.
Inté
A.

Será esse blog meu novo vicío?


De tempos em tempos costumo criar novos hábitos. Relembrando alguns: colecionar cartões telefonicos, Cds e revistas de história; decorar capitais e bandeiras; rock' roll; assistir animes e ler mangas; ler Freud; ler Camus; ler Sagan e, ultimamente, colecionar revistas de filosofia.


Contudo, acho que hoje aconteceu uma reviravolta. Fui colocar meu primeiro post no blog e gostei. Postei mais e mais um. Gostei tanto, que agora to postando esse sem motivo. Só por postar. Aff... Será que viciei? E agora o que eu faço? Não tenho dinheiro pra psicológo. Será que vou precisar de um tempo pra desintoxicação? Piorou. Tempo é, por incrível que parece, algo que tenho menos que dinheiro!


Aproveitando esse post sem sentido (e parafraseando Fernando Pessoa: estou escrevendo isto para dizer, que não tenho nada a dizer), sugiro a leitura de um dos livros de Camus. Todos são bons, mas recomendo aqueles que mais me marcaram, na minha ordem cronológica de leitura, são: O Mito de Sísifo, O Estrangeiro e A Morte Feliz. Você não é o mesmo depois que acaba de ler essas obras. Existem outras dele, mas essas foram as que mais me marcaram. Se tiverem oportunidade, leiam. Não irão se arrepender.


Inté
A.

Matrix e Platão



O oráculo, as consultas e a epígrafe comum entre o Templo de Delfos e a casa de subúrbio de Matrix, não deixam dúvidas sobre a pretensão dos irmãos Wachowski. O diálogo entre o Oráculo e os tripulantes da nave Nabucodonosor é socrático. As respostas são elusivas e provocam mais dúvidas do que certezas. A sabedoria de Delfos pode ser captada nos diálogos e nas imagens. Nada em excesso é uma das lições: Pegue um biscoito, o Oráculo diz a Neo, e não pegue alguns biscoitos ou pegue quantos biscoitos seu coração desejar. Neo não é “o” Escolhido – ele tem que se tornar “O Escolhido”. Dependerá dele, e somente dele, esta transformação. Neo precisa auto-conhecer-se.

Irwin lembra outro grande momento da filosofia grega: o mito platônico da caverna. A prisão pra a mente, citada por Morpheus no diálogo com Neo, é a imagem do prisioneiro da caverna platônico. Tanto na Matrix como na caverna os prisioneiros não sabem que são prisioneiros e nem desconfiam que exista outra realidade além daquela em que vivem. Um dia, porém, um deles é libertado das correntes e levado ao mundo exterior e, sob a luz do sol, vê as coisas como elas realmente são. Em vez de egoisticamente permanecer lá fora, o prisioneiro volta para contar aos outros, que retribuem seu gesto de bondade com zombarias e resistência, acreditando que ele ficou louco.

Sócrates, professor de Platão, é a figura do prisioneiro que volta, é estigmatizado como louco e morre por não querer voltar ao mundo da ilusão. Há um paralelo com a história de Neo, que um dia se liberta de Matrix para vislumbrar “o deserto do real”. A filosofia platônica do contraponto entre o conhecimento e a realidade, entre a matéria e a forma, a percepção pelo intelecto e pelos sentidos, perpassam por todo o filme. Neo também aprende que o intelecto é mais importante que os sentidos. A mente é mais importante que a matéria. Quando a Platão, o físico não é tão real quanto a Forma; por isso, para Neo, “não existe colher”. A forma – o ideal platônico – é representada pelo déjà vu. E o “déjà vu” não é evidência de uma falha na Matrix, e sim uma recordação (anamnesis) das Formas.

Ao escolher a pílula vermelha, Neo segue o caminho menos percorrido, o caminho da audácia e da inconformação. Irwin lembra o poema de Robert Frost: Escolhi o caminho menos percorrido / E isso fez toda a diferença. Escolher é o verbo predileto de Morpheus



SERÁ QUE AS COISAS SÃO COMO VOCÊ ACHA QUE SÃO?

DICA

Exite um blog bem divertido que conta algumas "curiosidades" da história da filosofia, entre outras coisas.

O endereço é
http://peri-patetico.blogspot.com


O blog é de uma amiga nossa. Podem chamá-la de Sofista. É bem legal, confiram.

Inté
am.

BONITO ELE NÃO É...


Arthur Schopenhauer foi o autor do século XIX que mais influenciou os pensadores do século XX, ao lado de Soren kierkegaard e Frederich Nietzsche.
A obra mais importante desse filósofo é o Mundo Como Vontade e Representação, onde, a exemplo de seu contemporâneo Hegel, ele tenta explicar tudo. Pretensioso ele, neh? Nessa obra, que é interessantíssima, ele apresenta a sua tese mais conhecida, o principio de dualidade. Para ele, a vida é resultado do eterno conflito entre o amor e a morte.
Esse filósofo influenciou muita gente, mas entre seus "influênciados" está Freud, o pai da psicanálise. Aliás, todo o suporte teorico para a teoria psicanalítica freudiana são as obras do Schopenhauer, Kierkegaard e Nietzsche. Um dia falaremos sobre esses outros três.
Inté
am.

AH, O AMOR!



Eu de novo!


Galera, abaixo vai o link de um video do youtube sobre o amor no pensamento de Shopenhauer. É bem interessante, vocês vão gostar. O apresentador usa uma linguagem bem coloquial (que todo mundo entende) e exemplos do nosso cotidiano. Por exemplo, ao tentar explicar a tese de Schopenhauer de que o impulso de vida é que coordena o amor, o apresentador vai para uma danceteria perguntar às pessoas o motivo delas estarem lá. Reparem que todas as respostas confirmam a tese do pensador.
É muito interessante, dá uma conferida:
http://www.youtube.com/watch?v=ECBYkBlnQag&feature=related
Inté
am.

Letra A, vamos começar...


Salve, salve pessoas!


Pois é, baita domingão a noite, eu poderia estar vendo Faustão, Gugu, ou qualquer outra coisa de mal gosto na TV e, no entanto, estou aqui estreando nosso blog. Só espero que meu "sacrifício" não seja em vão.


Acho que preciso me apresentar. Meu nome é Atílio e sou estudante de filosofia da UCG. Isso mesmo, você não leu errado. Sou estudante de filosofia. Nem todos querem ser médicos ou advogados, sabiam? Alguns, como eu e o Neto, simplesmente escolhemos estudar para sermos desempregados. Aliás, profissionais do ócio. É mais chique! Jamais me perguntem o motivo de ter escolhido esse curso, pois, irei responder como Sócrates: Só sei que nada sei. Ou melhor, não sei se nada sei. Vai entender!


Mas apesar dos incontáveis e quase incontornáveis empecilhos em se estudar filosofia, eu gosto. É difícil, mas é prazeroso. No início da vontade desistir, pois, assim como disse Fernando Pessoa, pensar incomoda como andar na chuva, mas acaba-se tomando gosto pela coisa.


Acho que para o primeiro post tá bom. Que tal nos apresentarmos? Embaixo deste texto deve ter um link com o título de comentários. Clica lá e nos diz aí quem é você, o que gosta de fazer, o que te chama atenção na filosofia e o que mais você quiser.


Já volto com outro post sobre a aula do dia 03/11.

Inté
am.