Olá!


Estamos em outro endereço: http://filosofandonoe.wordpress.com/

am.

DIA A DIA

Sabe aquele amigo desligado, que vive com a cabeça na lua, trocando a ordem das palavras na frase ou mesmo trocando as palavras e que, esporadicamente, solta ‘pérolas’ simplesmente do nada? Pois é. Todos têm um.

 

Essa semana um conhecido nosso não estava bem de saúde, daí a irmã desse conhecido pegou o termômetro para verificar se ele estaria febril. Bem, ‘esse amigo’ ao chegar e ver o termômetro em cima da mesa pega-o coloca em baixo do braço e diz: - vou verificar minha pressão. Todos explodem na risada, mas ele fica sem entender. Saí e em instantes volta e pergunta: - e a pressão do fulano está normal?

MERECE REFLEXÃO

Parei de fazer um trabalho, que já está atrasadíssimo, para escrever isso. Espero que não me arrependa.

 

Essa semana minha irmã foi assaltada. Estava numa clínica, esperando para fazer um exame, quando os assaltantes chegaram e anunciaram o assalto. Levaram todo o dinheiro do cofre da clínica, além de bolsas, celulares e relógios dos presentes. Minha irmã não reagiu, mesmo assim foi ameaçada com uma arma encostada na cabeça. Na hora, ‘com aquela calma que só o desespero dá’ (como disse certa vez Jô Soares), entregou tudo que tinha. Os assaltantes foram embora e minha irmã foi para casa tranquilamente. Ao chegar e relatar a meu pai o acontecido, ela caiu em si. Desmanchou-se num choro que durou horas. Acho que só aí ela se deu conta, que qualquer gesto em falso ou brusco que fizesse, poderia levá-la a estar debaixo de sete palmos de terra há essas horas.

 

Bem, ao saber da história, revoltei-me e amaldiçoei os bandidos. Posso não ser o irmão mais atencioso do mundo, mas como não se chocar ante uma situação dessas?

 

Hoje, entre um trabalho e outro, parei pra pensar no ocorrido. Fiquei pensando se todas as pessoas que estavam naquela clínica, no momento do assalto, ficaram tão mal quanto minha irmã. Mais uma vez amaldiçoei os bandidos, pensando: como podem duas ou três pessoas causarem tanto mal (psicológico, físico, financeiro...) há outros tantos? Com que direito? Comecei a me questionar e logo estava me perguntando o que leva alguém a fazer coisas assim. Pois, cometer um crime, é um ato de tudo ou nada. Ele coloca a vida de outros em risco, mas também a sua. Posso estar raciocinando de forma errada, mas para um ser humano colocar sua vida em risco, ou é sua última alternativa ou ele não está em seu estado de consciência normal. Levando-se em conta que, neste caso específico, eram mais de um, a probabilidade de todos serem loucos é mínima.

 

Obviamente a pobreza não justifica o crime. Aliás, nada justifica atentar contra a dignidade física ou psicológica do outro. Contudo, se o Estado não tivesse falhado com esses indivíduos, tivesse cumprido sua função de lhes proporcionar acesso a educação, moradia, emprego; enfim, se tivesse cumprido seu dever de lhes proporcionar uma vida digna, isso tudo teria acontecido? Não seria o não acesso a educação, moradia, emprego, etc. um crime também (e neste caso, a quem caberia punir o Estado)? Assim, antes de cometerem esses crimes, quantos outros crimes o Estado e mesmo a sociedade não cometeram contra eles? Se analisarmos o caso, em todos os seus pormenores, seriam eles os reais responsáveis por aquele incidente?

 

Não. Não pretendo ser canonizado.

 

am.

Direitos Humanos....

1 + 1 = 2?

Se a filosofia nasce do espanto do homem ante o desconhecido, então os filmes de suspense são verdadeiros tratados filosóficos em imagens. Ou não? 

am.

PS: acho que não estou passando muito bem hoje.

Justiça

A fama de Rousseau chegou até mim antes de sua obra. Logo, evitei o quanto pude ler seus escritos. Mas eis que chegou o dia em que não deu mais pra adiar e tive que ler o camarada.

 

 Sei que é clichê, mas lendo Emílio é, literalmente, impossível não se perguntar como ele pode abandonar seus quatro (ou cinco, não lembro) filhos. Clichê à parte, fascinante observar como ele, ao mesmo tempo, ama e odeia a sociedade. Mais impressionante é como essa obra está presente até os dias de hoje na nossa educação.

 

Este post é pra fazer justiça: o cara é genial. Supera de longe Hobbes. Aliás, pega esse e põe no chinelo. Sua teoria do Estado Natural, como refutar? O Contrato Social é outra preciosidade.

 

Agora tenho uma regra, jamais deixar de ler um filósofo por causa de sua fama. Entretanto, toda regra tem sua exceção e essa não é diferente. Heidegger eu não leio.   


am.

Merece reflexão

Frase da semana:


Não é porque um filósofo diz merda, que ele vai deixar de ser filósofo.

(Comentário avulso numa aula de Teoria Política Contemporânea).

am.


Os momentos de dor são inspiradores......



Vida

Fagulhas de dor penetraram minh’alma
Como posso caminhar, se os passos me foram negados
Posso ver, posso fantasiar em devaneios e suspiros,
Mas continuamente terei que acordar e perceber
Que me será sempre negada o toque....
Sou estrangeiro em mim mesmo.
Cansado das batalhas travadas por um ideal que ao menos posso contemplar
Será que poderei vencê-lo?
Será que ao menos saberei decifrar o enigma latente que me sonda de aurora em aurora,
Vencendo constantemente a sina do meu dia, adiantando o crepúsculo de minha vida?
Como poderei mirar a morte num ladrão que me devora no espelho.
Reflexo de minha ânsia, reflexo de minha dor, reflexo mim mesmo...


É assim que me sinto...

jn


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

PROGRAMA DE DIREITOS HUMANOS - PDH

I COLÓQUIO: Direitos Humanos em Foco / 23, abril, 2009 – Campus V / UCG

SESSÕES DE COMUNICAÇÕES

14h30 / 16h

Sala 102/B – Mini-auditório / Campus V

1. Cristiano Martins de Souza (Mestrando Direito / UCG)

Os tratados internacionais de direitos humanos e o supremo tribunal federal

2. Ludmilla Evelin de Faria (Acadêmica Direito-UFG) / Nivaldo dos Santos (Doutor Direito PUC-SP; Professor UCG/UFG)

O instituto da responsabilidade civil pela perda de uma chance sob o enfoque constitucional, humanístico e sociológico do direito

3. Osvaldo Ferreira de Carvalho (Mestrando Direito / UCG)

A supremacia dos direitos fundamentais

Sala 207/B – Mini-auditório / Campus V

1. Evandro Araújo Beserra Neto (Mestrando Ciências da Religião / UCG)

Possíveis paralelos entre direitos humanos e literatura sagrada

2. Marcelo do Nascimento Melchior (Mestre Educação UCDB; Mestrando Comunicação UFG) - Índios e não-índios: direitos iguais?

3.Vital Francisco C. Alves (Mestrando Filosofia / UFG)

Jean-Jacques Rousseau e a questão da liberdade

16h / 17h30

Sala 102/B – Mini-auditório / Campus V

1.Atílio Malta (Acadêmico Filosofia / UCG) - Direitos humanos: no olhar para trás, decepção; na vista do presente, descrença e na perspectiva para o futuro, (des) esperança?

2. Fabiana Pereira Barbalho (Acadêmica Relações Internacionais / UCG)

A influência da Convenção contra a Tortura no combate às violações dos Direitos Humanos no Brasil

3.João Pedro Tavares Damasceno (Acadêmico Relações Internacionais / UCG)

Barbárie e violação dos direitos humanos: a prática cultural da circuncisão feminina

4.Thallyta Ranyelle de Fátima Borges (Acadêmica Direito / UFG)

A aceitação dos direitos humanos frente ao multiculturalismo

Sala 207/B – Mini-auditório / Campus V

1. José Joaquim Gomes Neto (Acadêmico Filosofia / UCG)

Violência e direitos humanos: uma abordagem a partir de Lévinas

2. Kelvin Franco Silva (Acadêmico Direito / UCG)

Direitos humanos na teoria de Rawls

3. Matheus Guimarães Guerra Gama (Mestrando Ciências da Religião / UCG)

Direitos humanos aplicados ao trabalho e o perdão das dívidas na oração do pai nosso

A história sem título

O texto abaixo foi escrito sob encomenda. Então, como a idéia e nem o próposito não eram meus, não sei exatamente o que quis dizer com ele. Deixei o título à escolha da pessoa que me pediu o texto e, sinceramente, não gostei do título que ela escolheu, logo resolvi deixar sem título. De qualquer forma, está aí:


O prefeito de Macombo não se preocupou de inicio com o pequeno lago que se formou no centro do vilarejo, com a chuva rala que durou cerca de dois dias e três noites. Ignorou, também, os alertas de seus auxiliares, preocupados com tamanho acumulo de água em tão pouco tempo, considerando que estavam fazendo uma tempestade num copo d’agua. E, ainda se vangloriou diante dos seus, quando finalmente a chuva parou e sol re-apareceu nos céus.
O padre da pequena vila, também não levou a sério a conversa de duas beatas, que dizia que a virgem Maria lhes havia aparecido em sonho e pedido orações e jejuns para que um dilúvio, aos moldes daquele ocorrido nos tempos de Noé, não colasse fim no vilarejo de Macombo que há séculos sobrevivia, no total isolamento no meio da floresta amazônica boliviana. Anos antes, de tal chuva, trazer tanta preocupação aos nativos de Macombo, uma seca de quase quinze anos castigou o vilarejo. Muitos foram aqueles que resolveram abandonar sua terra natal, por acharem que aquele lugar estava condenado por Deus, já que a terra, devido a falta de chuva, parecia de tal modo infértil, a ponto de muitos dizerem que nem mesmo se chovesse sem parar por outros quinze anos, se conseguiria colher alguma coisa novamente em Macombo. Aurélio foi um dos que tentaram a todo custo convencer a família a deixar o vilarejo amaldiçoado por Deus e ir procurar um lugar onde a vida poderia ser mais fácil. José Aldo, pai de Aurélio e chefe da família Sanchez, porém se manteve irredutível. Afinal de contas, aprendera com o pai, o velho Aurélio Sanchez, que onde se nasce é onde se deve morrer. Pois, quem foge da terra natal, em outro canto não pára. José Aldo, no fundo, estava convencido que a verdadeira intenção de seu filho, Aurélio, era ir atrás de Maria do Rosário, sua paixão de infância, que foi obrigada a partir com a família por causa da seca. E, assim, foi o destino de quase todos daquela família: nascer, sobreviver e morrer, no mesmo lugar. A mãe Evita e o irmão mais jovem de Aurélio, Bolívar Sanchez, nunca puderam ter voz nas decisões da família. Em verdade, mesmo Aurélio, não tinha; embora nunca se tenha conformado com isso. Certo dia, durante um desentendimento com o pai, que insistia em querer plantar naquela terra, que mais se assemelhava à areia, Aurélio tomado de emoção e com um punhado de terra-areia na mão, gritou ao pai que estava partindo, para procurar Maria do Rosário e que só voltaria a Macombo se a terra se tornasse fértil outra vez. José Aldo, alterado por tamanha ousadia de seu filho primogênito, sem saber, jogou uma praga sobre todo o vilarejo: - Que Deus leve essa vila com toda a água do mundo, para não deixar que esse meu filho ingrato, pise nessas terras mais uma vez. Aurélio partiu na noite daquele mesmo dia, sob o choro da mãe e protesto do padre que fora chamado para intermediar a briga. Bolívar, para maior indignação do irmão, continuava sentado no canto da sala, descamisado, olhando para um e para outro sem coragem para dizer nada. O tempo passou em Macombo, uns morreram, outros se foram, poucos nasciam e ninguém novo chegava para ficar. O vilarejo, que já era pequeno, ficava ainda menor com o passar dos anos. Por várias vezes aconteceu de a chuva chegar até os arredores da vila, mas nunca até lá. Depois de tanto tempo na seca, até o padre, que já estava no limiar de sua vida, começou a querer acreditar que aquele lugar era amaldiçoado por Deus. Resolveu pesquisar em seu catecismo e nos livros, que guardava dos tempos do seminário, para ver se estava rezando a missa da forma correta; dispensou o capelão por uns meses e foi tocar o sino pessoalmente, para assegurar-se de que as badaladas fossem executadas corretamente; voltou a estudar latim e chegou, mesmo, a viajar a sede do bispado para assistir a uma missa do bispo e comparar a pronuncia de sua eminência à sua própria. Mas chegou a conclusão de que, se Macombo era amaldiçoada, não era por sua culpa, pois, mesmo depois de quarenta anos de sacerdócio, não tinha esquecido como se reza uma missa; o sino estava sendo tocado de forma impecável; e sua pronuncia do latim, era, até mesmo, melhor do que a do bispo, que Deus o perdoe. Um dia a chuva voltou. De mansinha e bem rala. Quase ao mesmo tempo a família Sanchez recebia uma carta de Aurélio, na qual dizia que havia se casado com Maria do Rosário e que estavam a caminho do vilarejo. José Aldo, já idoso, bem que tentou, mas não conseguiu disfarçar as lágrimas, que Evita e Bolívar, fizeram questão de não perceber. Foram dois dias de chuva e três noites, um dia de sol, e mais cinco dias seguidos de muita chuva e quando Aurélio conseguiu chegar ao vilarejo, encontrou apenas um rio de lama, onde há alguns dias existia Macombo.

am.

PS: confesso que tentei imitar o estilo de Gabriel Garcia Marques, mas reconheço que não passou de tentativa.

SITPASS

Nunca consegui entender como as empresas de ônibus coletivo em Goiânia conseguiram implantar esse modelo de embarque e desembarque chamado sitpass, no sistema de transporte coletivo da capital. Como conseguiram colocar milhares de cobradores na “rua”, debaixo do nariz dos nossos governantes e, pior, debaixo do nariz de toda a sociedade e ninguém fez, absolutamente, nada para impedir. Governo estadual e municipal, ministério público, sindicatos, sociedade civil, você, eu; ninguém fez nada.

Concordo que as mudanças, trazidas pela tecnologia, melhoraram e melhoram nossa qualidade de vida. Mas, infelizmente, não é o caso desse sistema. Ou alguém enxerga alguma melhoria em ficar espremido no pequeno espaço da cabine do motorista, esperando chegar ao terminal e pagar pelo absurdo de dois reais, por uma viagem que não se compara a transporte de animais como porcos ou vacas. Talvez, só se comparando ao transporte de escravos, no período colonial e dos tempos de império. Hoje, mesmo, fui testemunha de um caso em que um passageiro passou de seu ponto destino e teve que ir até o terminal, por não possuir o cartão de embarque.

Mas a grande ironia desse sistema, é que a tradução do inglês de sitpass é algo como, pagamento por um assento (banco), ou algo próximo disso. Justamente o que tal sistema não propicia.

Os problemas do transporte coletivo em Goiânia não são de hoje. Entra governo, sai governo e nenhuma solução é encontrada. Fica a impressão da falta de interesse, por parte dos governantes, em resolver e que há algo mais por trás desse desinteresse. Quando, esporadicamente, a população ensaia algum tipo de manifestação ou revolta, logo se apressa em tomar atitudes “tapa-buracos”, que remediam, por determinado tempo o problema. Com o intuito de acalmar a população. Mas nunca se tenta resolver de uma vez por todas esse serviço que, juntamente com o transito, sem dúvida, é o calcanhar de Aquiles da cidade.
am.

Carnaval? Onde você foi?

Olá pessoal. Estive pensando nesses dias o quanto nossa sociedade vive numa inercia. Incrível!
Carnaval! Alguém consegue ver grande sentido nessa festa a não ser um pretexto para fazer festa. Mas no Brasil não é necessário pretexto para festejar. Longe de mim, reclamar da festança. De forma alguma desfiguraria a resplandecente alegria brasileira, além do mais, em que outros momento os gringos poderiam ser um voyur sem ser imoral. Lindas mulher exibindos-se de maneira hipinotica. Tudo bem, eu não seria louco de questionar, mas daí a viver e se portar de maneira completamente ideologizada. Isso nunca. Quando me perguntaram se eu iria viajar no Carnaval, eu disse que achava que não. Houve quase que um coro: você não vai viajar... como se isso fosse destino de todo ser humano nessa data.... e preferi passar o carnaval no campo, pescando e comendo muito... Como o Am. disse .... cada um usa o feriado da maneira que quiser e pronto...

espero que todos tenham aproveitado, seja na festança ou seja no descanso.

jn

Se você não ler esse post, não fará a menor diferença (na sua vida).

Por falar em americanos, essa semana li ou ouvi em algum lugar uma frase bem engraçada. Disseram que é meio preconceituosa, mas não achei. Eis:

Errar é humano, persistir no erro é americano e acertar no alvo é mulçumano.

Quem não gosta de feriado, bom sujeito não é.

Quem convive com algum estrangeiro, especialmente se ele for de um país de primeiro mundo, sabe o quão chato é ter que aturar as ironias em relação aos nossos feriados. Para esse pessoal, a culpa da nossa economia não estar suficientemente desenvolvida para fazer parte do primeiro mundo é a nossa cultura atrasada. Leia-se, com isso, que o brasileiro é preguiçoso e inventa inúmeros feriados para não trabalhar.

Os americanos são aqueles que mais gostam de nos atormentar. Já não faço idéia de quantas vezes ouvi que nos EUA há apenas dois feriados no ano, ação de graças e independência – nessas horas sempre respondo: como deve ser triste morar em um lugar assim!

Sinceramente não acredito que os feriados (e feriadões) prejudiquem a economia. Se o estrago fosse tão relevante assim, duvido que o governo, ou mesmo a iniciativa privada, já não teriam dado um jeito de acabar com isso. Quando se trata de dinheiro, a última coisa em que se pensa é em respeitar a cultura.

Os feriados são importantes. Eles existem para que as pessoas relembrem acontecimentos cívicos ou religiosos do passado e, assim, mantêm viva a história de sua nação e, conseqüentemente, a cultura. O que cada um faz com esses dias livres, é problema de cada um.

No entanto, sou obrigado a concordar que não há razão de existência para alguns feriados. Qual o valor, por exemplo, do feriado de carnaval? Mas, enfim, quem sou eu para me manifestar sobre a cultura, tradição e os costumes de um povo?

Acho que está aí uma diferença fundamental, entre nós e os americanos: nós sabemos nosso lugar. Não temos a prepotência de achar que o único modelo de sociedade boa, é a nossa. Menos, ainda, de querer impor esse modelo a outras nações; sabemos que cada povo tem sua identidade e não pode, a preço nenhum, colocar isso em xeque. O avanço tem que vir, mas a obedecendo a certos limites. Alias, o ideal seria que ele nascesse da realidade específica de cada cultura.
am.

Êta vida besta, meu Deus!

Acredito que nós últimos dois meses, janeiro e fevereiro, não houve um único dia em que eu não dissesse a mim mesmo: você precisa postar algo no blog!

Muita coisa interessante (eu acho) passou pela minha cabeça. Cheguei, até, a montar um texto inteiro, durante uma dessas “confortáveis” viagens de ônibus por Goiânia; fiquei ruminando o texto o dia inteiro para não esquecer, quando finalmente chegou a noite, o idiota aqui, se deixou vencer pelo cansaço, adiou a tarefa para o dia seguinte e adivinhe? Esqueceu.

Quando coisas estúpidas desse tipo me acontecem, fico, realmente, pra baixo.

Há dias em que fico somente a observar meus defeitos. Como posso ser tão desorganizado? Como posso nunca cumprir as metas que eu mesmo estabeleço? Como posso deixar sempre tudo pra depois? Como deixo-me levar tão fácil pela curiosidade e pelo impulso? Como pude ter falado aquilo? Por que não fiz isso? Por que não estudei para prova? Por que deixei o trabalho pra última hora? Por que fui assistir um anime e não um documentário? Por que, por que e por quê?
Acho que a resposta não está na minha herança genética. Minha mãe é a pessoa mais organizada que eu conheço e não há indivíduo mais sistemático que meu pai. É, eu sei. O problema sou eu. Não adianta procurar outro culpado. O que preciso é ter disciplina. Bingo! Achei o caminho do tesouro! Nada disso. Sei e sempre soube que o problema é esse e, desde que me entendo por gente, venho tentando superar isso. Tentativas sempre inúteis, como eu.
am.

ELE É O CARA!


Acho que já posso começar a dizer: O cara é meu amigo!

Ensaio Sobre a Cegueira.


“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso."

Palavras de José Saramago, na apresentação pública do seu romance Ensaio sobre a Cegueira.

O homem caminha na confiança de que a ordem em que vive, a ordem mundo, sempre permanecera, sempre permanecerá alicerçada em padrões, convenções criadas pelo próprio homem. Mas quem somos nós? Somos tão frágeis como qualquer outro animal. O livro “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago (único escritor de língua portuguesa a ganhar um Nobel de Literatura), aponta para algo desolador para nossa existência; estamos perdendo a capacidade de enxergar. Cada vez mais, somos lançados num estado anestésico, olhamos para o mundo, mas não reparamos em nada. A não ser naquilo que é frágil e construído por nós mesmos, já não reparamos mais nas coisas essenciais, elas nos escapam. O livro mostra o quanto a estrutura que rege nossa sociedade é efêmera. Diante de uma surto de cegueira, a sociedade se degrada, desmorona, a moral se esvai e o que resta é o simples e básico desejo de sobreviver. Somos bons? Somos maus? Não perguntamos! A resposta nos é apavorante.

Uma ótima dica de leitura.

Para quem gosta de cinema e tem coragem de se aventurar fora dos blockbusters, Ensaio sobre a Cegueira foi adaptado por Fernando Meirelles e já está nas locadoras de todo Brasil.
o título do post é um link para o site do filme.

BEM-VINDO 2009


Depois de algum tempo sem atualizações, eis que estou de volta.

Dizem que aqui, no Brasil, o ano só começa depois do carnaval. É mais ou menos isso; não deixa de ser uma verdade, pois o ano só começa a entrar na normalidade em fevereiro, mas, ao contrário do que essa afirmação maldosa quer deixar subentendido, não ficamos dezembro e janeiro no ócio, descansando para o carnaval. Minha teoria é que nós, brasileiros, criamos a cultura do final/inicio de ano; criamos compromissos especiais para essas datas. Por exemplo: já reparou que a maioria das pessoas prefere se casar no fim de ano? Que os congressos, seja de trabalho, seja sindicais ou estudantis, só acontecem em janeiro? Que os encontros de família são sempre em um desses meses (não estou me referindo ao natal)? Que aquele curso que precisamos fazer durante o ano, vira um intensivo no mês de janeiro? Que aquela viagem, entre amigos ou família, que deveria ser em julho, sempre fica para o recesso de final/início de ano, pois alguém não conseguiu férias no meio do ano?

Dezembro, janeiro e fevereiro não são meses perdidos. Ao contrário, talvez sejam os mais ativos do ano, pois temos que fazer nesses três meses aquilo que não foi possível fazer durante todo o ano.

Como você já deve estar desconfiando, tudo isso acima é simplesmente para justificar minha ausência aqui do blog. Esses meses são bem puxados e meu tempo livre, que já era escasso, desaparece.

Mas agora o ano já começou e vamo que vamo!
am.

Israel: O Deus impiedoso.

"Não queremos que incidentes desse tipo aconteçam e lamento. Mas o Hamas atirou a partir de uma dependência da UNRWA", declarou Olmert, durante um encontro com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em viagem pela região, como parte das discussões para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.O ataque ao prédio da ONU, fortemente criticado, destruiu a ajuda humanitária que tinha entrado na Faixa de Gaza nos últimos dias, após os depósitos das Nações Unidas onde o auxílio estava armazenado serem atingidos pelos bombardeios israelenses. "A comida que entrou em Gaza nos últimos dias está pegando fogo", disse, em Gaza, o porta-voz da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Adnan Abu Hasna, em declarações ao "Canal 10" da televisão de Israel.Uma grande coluna de fumaça branca, primeiro, e preta, depois, por causa do combustível queimado, era vista esta tarde sobre a Faixa de Gaza, depois que pelo menos um projétil de tanque israelense atingiu de manhã os depósitos da ONU. Ataque contra agênciaDois jornalistas palestinos ficaram feridos nesta quinta-feira em um ataque aéreo israelense contra uma sede da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) em Gaza, afirmou um porta-voz da organização. O complexo era o centro de operações de vários meios de comunicação árabes e ocidentais. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse "escandalizado com o bombardeio israelense" contra as instalações da principal agência da ONU de ajuda aos palestinos em Gaza. Ataques são mantidos nesta quinta-feira na Faixa de Gaza / AP Mais tarde, o próprio Ban afirmou que o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, pediu desculpas pelos disparos feitos."O ministro da Defesa me disse que foi um grave erro e que levou isso muito a sério. Ele me garantiu que será dada atenção extra às instalações e funcionários da ONU, e que isso não irá se repetir", disse Ban.

para acessar a reportagem na integra, clicar no titulo do post.
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É notória a incompetência da ONU na mediação e resolução de conflitos, mas isso já demais.
Não inseri esse posto como quem anuncia uma novidade, mas como forma de protesto, de indignação pela ousadia de Israel. A história afirma e reafirma páginas e páginas de fatos que lamentamos e expomos em memoriais e exposições, como a Primeira e Segunda Grande Guerra, o holocautro, Vietnã, África do Sul, mas de que vale a historia se ela não nos faz melhores do que fomos; do que vale lamentar os absurdos dos nossos pais se esses absurdos continuam a acontecer... nada acabou. Não é ser pessimista, mas creio que nunca tivemos um minuto de paz.
Vemos a hipocrisia de norte a sul do planeta; vemos um Bush dizer que não certa a ofensiva a Gaza, mas ao Afeganistão foi, Vemos um Israel que se faz um Deus do antigo testamento, como
brilhatemente é dito no post anterior. Enquanto Israel brinca de Deus, centenas de milhares de pessoas estão em Gaza, definhando uma guerra que não é deles.

Desculpe se este post não foi escrito com o rigor que se deveria, mas o mesmo foi redigido no rítimo da minha indignação.

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