Poesia no 020 Universitário...

Esse blog possui um decreto. Aqui não prendemos pensamentos, não os mandamos voltar aos subúrbios... os acolhemos, aparamos suas arestas, debitamos um pouco de crédito, e os apresentamos ao mundo. Enfim, eu estava indo para a universidade, em um dos poucos dias frescos desse ano, ouvindo U2 e de repente me veio algo à mente... transcrevi.

Lampejo

Caminhei febril por dunas caudalosas;
Fitei pensamentos errantes;
Excitei-me ao ver sol da liberdade;
Naveguei por mares tempestuosos;
Enfrentei as serpentes das consciências humanas;
Experimentei os gélidos corações desesperançosos dos que nunca gozaram,
Nem o orgasmo dos deuses, nem os suspiros dos homens que amam com desejo
E desejam com volúpia.
Pude enfim entregar-me, enamorar-me com aquela que esperou desejosa minha face em seu peito reclinar,
Oh morte, dela sentir o último beijo, dela experimentar o primeiro beijo...


até

Jn

8 comentários:

Anônimo 7 de novembro de 2008 às 13:18  

Olá Jn...

Gostei da poesia, um tanto quanto agradável.
Só não gostei do lugar que possibilitou seu nascimento. Isso porque estou rancoroso com o tal 020, que nunca está a serviço de sequer um pequeno conforto. Conforto talvez até seja uma palavra pesada, porque é difícil mesmo encontrar isso no transporte coletivo goianiense. Mas, minha mágoa maior é por um fato que se sucedeu há pouco mais de duas semanas. Depois de com muito custo entrar dentro do onibus, isso por cerca de 07:15 da madrugada, ao tentar deixá-lo próximo à Catolica, fui quase que cuspido fora dele pelos passageiros, que claro são "muitíssimos educados", e nessa brincadeira ao ser jogado ao chão, literalmente, sofri uma torção no pé direito, que por fim das contas está engessado desde então.

Filosofos 7 de novembro de 2008 às 17:20  

É por isso que só ando de Eixão!

am.

Anônimo 8 de novembro de 2008 às 06:09  

Olá Mongemim

Lamento imensamente pelo atentado que sofreras.Olha, concordo contigo no que concerne às deficiencias no transporte público de Goiânia. Ônibus novos, lindos. Essa foi a nova investida publicitária do atual governo. Prioriza-se a dimensão estética, pois esta eleva estatisticas e orna a cidade. Mas, para quem de fato tal transporte se faz necessário, o que importa é o minímo de dignidade e respeito com a pessoa humana. Os serviços oferecidos, devem erromper para a promoção da qualidade de vida. E não esses torturantes momentos em que desejamos, a cada instante, que nosso destino chegue.Acredito que o título do post "poesia no 020 Universitário" beirou o paradoxo, pois seria como poetizar no inferno. Mas enfim, a poesia é epirito, não autorga seu seio somente à mentes claras em estado de paz plena, mas a corações inquetos em estado de guerra. Com certeza a expressão poderia gerar um escrito um pouco menos "agradavel". Infelismente naquele "enlatado" momento pude somente fitar pensamentos errantes e não toca-los.
Acho que o titulo do post foi mais irônico que imaginei.

até, Obrigado pelo comentário.

Anônimo 8 de novembro de 2008 às 06:28  

No eixão não existe esses problemas. Lá é amplo, arejado, o povo é bem simpático e de tempos em tempos tem concurso de Miss. Ontem eu até consegui ir sentado do Novo Mundo à praça da Bíblia. Acho que o eixão é o espaço ideal pra você fazer poesia. E, além de tudo, e é mais barato!

am.

Anônimo 8 de novembro de 2008 às 15:30  

é am

logo, logo, você vai andar de eixão nos horarios de pico, e verá o que ele é muito pior que o 020 universitario, ainda por que, como você disse, é mais barato...

Anônimo 8 de novembro de 2008 às 18:04  

Oi Aninômo!

Acho que não fui claro no que disse. Estava tentando usar de "irônia" para quebrar o gelo. Eu ando de eixão em todos os horários e sei como é complicado. Os onibus estão sempre sujos e mal-cheirosos, a segurança é mínima, etc, etc, etc.

Concordo com vc e todos os outros que escreveram, os onibus de Gyn são péssimos. Mesmo esses mais novos.

Desculpe, foi apenas uma brincadeira.

Abraço

Anônimo 8 de novembro de 2008 às 18:05  

corrigindo é anônimo e não aninômo.

Anônimo 9 de novembro de 2008 às 07:24  

Que isso, meu amigo, eu não fiquei bravo não, e quanto ao anônimo, eu esqueci de me identificar só isso...abraço