Concordo que as mudanças, trazidas pela tecnologia, melhoraram e melhoram nossa qualidade de vida. Mas, infelizmente, não é o caso desse sistema. Ou alguém enxerga alguma melhoria em ficar espremido no pequeno espaço da cabine do motorista, esperando chegar ao terminal e pagar pelo absurdo de dois reais, por uma viagem que não se compara a transporte de animais como porcos ou vacas. Talvez, só se comparando ao transporte de escravos, no período colonial e dos tempos de império. Hoje, mesmo, fui testemunha de um caso em que um passageiro passou de seu ponto destino e teve que ir até o terminal, por não possuir o cartão de embarque.
Mas a grande ironia desse sistema, é que a tradução do inglês de sitpass é algo como, pagamento por um assento (banco), ou algo próximo disso. Justamente o que tal sistema não propicia.
Os problemas do transporte coletivo em Goiânia não são de hoje. Entra governo, sai governo e nenhuma solução é encontrada. Fica a impressão da falta de interesse, por parte dos governantes, em resolver e que há algo mais por trás desse desinteresse. Quando, esporadicamente, a população ensaia algum tipo de manifestação ou revolta, logo se apressa em tomar atitudes “tapa-buracos”, que remediam, por determinado tempo o problema. Com o intuito de acalmar a população. Mas nunca se tenta resolver de uma vez por todas esse serviço que, juntamente com o transito, sem dúvida, é o calcanhar de Aquiles da cidade.